sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Atividade Física e alimentação um casamento perfeito.

                   Alimentar-se bem deveria fazer parte da nossa rotina diária, mas deixamos muito a desejara ao nosso organismo. Horários impróprios com alimentação desregular. O Horário de almoço muitas das vezes vira horário daquele lanche saudável com guloseimas (coxinhas, empadas, pasteis,hamburguês entre outros..). O café da manhã que deveria ser com aquele capricho por ser a primeira refeição do dia acaba ficando para trás. Muitas das vezes tiramos refeições do nosso dia para obter a perda de peso. E não fazemos nenhum acompanhamento medico, nutricionista. Engana-se que acha que isso resolvera o problema com o peso acima.
           A atividade física e a alimentação saudável é a combinação perfeita para bons resultados, tanto no âmbito estético quanto na melhora da qualidade de vida de um indivíduo. Quando nos alimentamos bem, temos todos os nutrientes necessários para um bom metabolismo orgânico (funcionamento do corpo) e estamos assim nos prevenindo de doenças oportunistas, doenças adquiridas de maus hábitos de vida alimentar. Mas ainda falta um algo a mais que é justamente a atividade física. É mais ou menos como uma obra com material de construção e sem pedreiros.
           Não é atividade física excessiva ou a diminuição da alimentação que ira fazer com que sua vida mude. Perder peso lenta e progressivamente é mais saudável do que fazer regimes "loucos". A reeducação alimentar é a garantia de não voltar a engordar e ter qualidade de vida. 



           É muito importante não iniciar um exercício em jejum, pois a energia que o seu corpo irá utilizar será a que provém dos carboidratos e na ausência desta, este processo natural não ocorrerá obrigando desta forma o corpo a utilizar outra fonte alternativa, as proteínas, por exemplo, o que irá comprometer a função delas. Deve-se durante o dia realizar no mínimo cinco refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar, todos eles intercalados por pequenos lanches). Procure sempre conciliá-las para que elas possam ocorrer antes e depois do exercício. A ausência do alimento, poderá provocar fraqueza e indisposição prejudicando assim o desempenho do indivíduo e suas funções orgânicas.
Alimentação
balanceada
           A prática de exercícios físicos isoladamente não garante uma boa qualidade de vida. É preciso manter também uma boa alimentação. Ela deve ser rica em carboidratos, onde o glicogênio, que é a principal forma de armazenamento, será a fonte de energia utilizada durante o exercício do corpo. As fibras e os cereais integrais (aveia, pão integral, granola, arroz integral entre outros) devem ser priorizados; como também as frutas, verduras e legumes devem estar diariamente nas refeições.Quanto às proteínas, elas devem ser consumidas em menor quantidade quando comparada aos carboidratos. Ela será a fonte de aminoácidos para o corpo. Leite e derivados, carnes e ovos supre facilmente as recomendações de proteínas, que seria 10-15% do valor energético total, considerando uma dieta de 2000kcal. O excesso de proteínas pode sobrecarregar os rins devido às altas taxas de filtração de compostos nitrogenados.As gorduras devem compor a dieta em mínimas quantidades, mas não devem ser excluídas totalmente da alimentação. Elas servirão de transporte para as vitaminas lipossolúveis e também como reserva energética.



Márgiore Albino - Personal

domingo, 13 de novembro de 2011

QUALIDADE DE VIDA

Um conceito único, claro e universalmente aceito não existe. Há um consenso com relação ao seu significado, pois a QUALIDADE DE VIDA é diferente de pessoa para pessoa e tende a se modificar ao longo da vida.


"A condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais e sócio-ambientais, modificáveis ou não, que caracterizam as condições em que vive o ser humano. (NAHAS, 2001)"

O termo qualidade de vida é muito dinâmico e leva em considerações vários aspectos do cotidiano como: acesso a segurança, moradia, utensílios elétricos-eletrônicos, trabalho entre outros. A percepção de qualidade de vida difere de indivíduo para indivíduo e também está diretamente associada a um contexto cultural, onde o mesmo está inserido.


O acesso a atividade física melhora muito a qualidade de vida do indivíduo e também seu estilo de vida.


 

O QUE É ESTILO DE VIDA?

"Conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores, e as oportunidades na vida de cada um (Pitanga, 2004)."


- Atividade física regular
- Nutrição equilibrada
- Aptidão física
- Outros comportamentos relacionados à saúde (tabagismo, bebidas alcoólicas, stress, sedentarismo)






Mais do que nunca, o estilo de vida passou ser um dos mais importantes determinantes da saúde de indivíduos, grupos e comunidades, no Brasil e no Mundo.







Escrito: Márgiore Albino
Contato: margiore.albino@gmail.com

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mitos e verdades sobre os alongamentos

Autor: Felipe Nassau – Currículo e contato
felipe.nassau@gmail.com

Resumo em tópicos

  • Não há evidências ou comprovações suficientes para afirmar que alongamentos prévios reduzam o risco de lesões durante exercícios.
  • Realizar alongamentos antes de exercícios não aumenta o desempenho esportivo.
  • Realizar alongamento antes de um treino de musculação pode reduzir a força muscular em até 7%.
  • Caso o alongamento seja mais intenso, a perda de força pode chegar a 27%.
  • O alongamento após o exercício não evita que a pessoa fique dolorida no dia seguinte, podendo até ser lesivo, se for muito intenso.
  • Alongamentos são proveitosos para tratar encurtamentos musculares e para aumentar a flexibilidade, mas em momentos adequados.
  • Para melhorar a flexibilidade de atletas e praticantes de atividades físicas, o alongamento deve ser executado respeitando horários, dias e intensidades adequadas. Além disso, o planejamento deve ser feito por um treinador competente, da mesma forma que qualquer outra modalidade de treinamento.

Aquecimento e alongamento

            Com o surgimento dos estudos das ciências do esporte, iniciou-se a preocupação com a segurança em sua prática. Assim, surgiram fundamentos para a prática de aquecimentos prévios ao exercício. Com a importância do aquecimento vieram também as suposições sobre os alongamentos. Até hoje, para muitos praticantes e profissionais, o alongamento é dito indispensável à realização de qualquer esporte, inclusive após o exercício. Porém, ao olhar da ciência, isso tem pouco fundamento e nenhuma comprovação.
            Aquecimento é: uma prática de exercícios preparatórios que normalmente consistem de exercícios similares ao que serão realizados no treino ou prova, porém, em menor intensidade.         
Alongamentos são: exercícios onde o indivíduo permanece por um determinado tempo numa postura em que o músculo solicitado se mantém na sua extensão máxima, podendo ter ou não uma força externa atuando para intensificar o alongamento.
            O aquecimento, sim, é extremamente importante, pois realmente prepara o indivíduo para o esforço, melhorando o desempenho e reduzindo o risco de lesões. O aumento de temperatura melhora a condução do impulso nervoso até o músculo e diminui a sua viscosidade, atenuando o atrito entre fibras musculares. Junto com a movimentação do corpo aumenta-se a liberação do líquido que lubrifica as articulações - o líquido sinovial, além de fazer com que a mente comece a se concentrar para a realização de esforços mais elevados. Ou seja, o aquecimento prepara o estado físico e psicológico para realizar a tarefa, seja um levantamento de pesos, uma corrida, salto, uma partida de futebol ou outro esporte.
            Em contrapartida, o alongamento antes do treino e/ou competição não promove nenhum desses benefícios, pois não eleva a temperatura do corpo, não diminui a viscosidade do músculo, tampouco faz aumentar a lubrificação das articulações. Sendo assim, não substitui o aquecimento e nem o complementa, logo não aumenta a segurança nem o desempenho esportivo pelos motivos que o aquecimento o faz.

Alongamento e segurança

            Os pesquisadores que estudam sobre alongamentos afirmam que uma sessão de alongamentos não aumenta em nada a segurança do exercício e que não existem argumentos científicos que possam afirmar o contrário. Assim, afirmações diferentes disso se apóiam em leituras ou cursos baseados em senso comum, pois em publicações de periódicos confiáveis, tal fato nunca conseguiu ser comprovado.

Alongamento e desempenho

            Outros pesquisadores que buscaram explicar a influência dos alongamentos no desempenho tiveram uma surpresa. Uma simples sessão de alongamentos leves pode levar a uma perda de força próxima a 7%. Caso os alongamentos sejam mais intensos, a força pode cair até 27% por até mais de 1 hora. Isso pode ocasionar desde uma sessão de musculação com um baixo desempenho até a perda de uma medalha numa final olímpica dos 100m rasos, afinal, todo esporte depende da força e sua diminuição afeta as outras capacidades físicas.

Alongamentos, paradigmas e Ética profissional

            Mesmo com todas essas comprovações ainda é comum ver o alongamento como indispensável em academias, no aquecimento de atletas de futebol e de outros esportes. Esse conceito parece ser tão arraigado na nossa sociedade que quem questionar, costumeiramente, é criticado com indicações à negligência e loucura. Nesse sentido, o senso comum prevalece sobre o estudo acadêmico que habilita (ou deveria habilitar) o profissional para atuar no mercado. Não seria negligente prescrever um alongamento antes de uma prova competitiva, visto que sua prática pode arriscar a perda de anos de trabalho árduo? Não é uma prática irresponsável dizer ao aluno algo que não tenha comprovações científicas? Negar-se a aplicar as evidências científicas pelo motivo: “já se faz isso há muito tempo e sempre foi assim” não caracteriza uma prática antiética?
Vale lembrar que Ética e “política da boa vizinhança” são atitudes bem diferentes. A Ética consiste na ciência que procura embasar as relações sociais, de modo que o bem comum seja alcançado, ou seja, que nossas atitudes sejam benéficas à sociedade em que vivemos. Sendo assim, a desatualização e utilização de conceitos ultrapassados, e que podem prejudicar o resultado final, pode ser considerado antiético

Alongamento e dores tardias

            Outra finalidade atribuída ao alongamento é a de evitar que o músculo fique dolorido no dia após o exercício, o que é chamado de dor tardia. Mais uma vez, um mito.
            A dor tardia nada mais é que uma sensibilização a um processo inflamatório. Sempre que é exigido do músculo um esforço elevado ou for imposta uma alta tensão, incomum às atividades diárias, ocorrerão pequenas lesões nas fibras musculares, chamadas de microlesões. As microlesões podem acontecer em qualquer atividade física, até mesmo no alongamento. No período de descanso, ocorrem processos fisiológicos que regeneram as células, tornando-as “mais fortes” do que eram, para suportar um maior grau de esforço.
O primeiro passo para recuperar uma estrutura danificada é a instalação deste processo inflamatório. Ou seja, se durante o exercício as estruturas forem lesionadas, o alongamento não fará com que aumente a regeneração, tampouco fará com que o processo inflamatório seja cessado, até porque este é necessário para a recuperação do músculo. Se o treino for intenso o suficiente para causar dor tardia, fazer ou não o alongamento após o treino não evitará isso. E caso seja realizado um alongamento intenso, por expor o músculo fatigado a uma alta tensão, isso pode até fazer com que o atleta sinta mais dor no dia seguinte e até instalar uma lesão nociva ao organismo, uma macrolesão.

Alongamento e seus reais propósitos e benefícios

            As reais funções do alongamento são de relaxamento e de melhorar a flexibilidade do corpo. Não são preparatórios para exercícios, nem impedem dores tardias.
            Muitos apresentam encurtamentos musculares que impedem movimentos naturais como agachar, elevar e movimentar os braços para trás, isto pode acarretar patologias posturais, além de dores. Alongar tais músculos, junto ao fortalecimento, pode ser uma boa estratégia de tratamento onde o alongamento pode (e deve) ser utilizado. Além disso, alguns esportes exigem extrema flexibilidade, como a ginástica, corrida com barreiras, natação e capoeira, e não há outra maneira de desenvolver a flexibilidade em tal nível sem fazer alongamentos. Não há problema nenhum em realizá-los, por mais intensos que sejam, desde que sejam realizados em intensidades adequadas e em momentos adequados, para que seus benefícios sejam obtidos sem atrapalhar outros componentes do treinamento. Para isso, é essencial saber como incluir o alongamento no plano principal, para que seja seguro, e os ganhos de flexibilidade sejam efetivos. Em exercícios onde a fibra muscular danifica-se pouco, como a natação, pode ser interessante utilizar até três sessões semanais de alongamentos; já em treinos onde ocorre alto impacto ou tensão muscular como as corridas velozes e o treinamento de força, talvez seja mais produtivo utilizar uma menor frequência de treinos de flexibilidade.

Conclusões

            Apesar de compor o senso comum de professores, esportistas e até de treinadores de atletas, o alongamento prévio não é capaz de evitar lesões durante os treinos e nem melhorar o desempenho. Pelo contrário, promove quedas de desempenho. Após treinos, também não evita dores tardias, podendo até aumentá-las. A real aplicação dos alongamentos é o relaxamento em músculos muito tensos e para o treinamento da flexibilidade. Nesse sentido, os alongamentos não devem ser feitos nem antes e nem depois do treino, mas sim como um treino específico, sendo colocados dentro do planejamento de treinamento, seja para um atleta, ou para tratar encurtamentos musculares, que são causadores de dores, desvios posturais ou restrições de movimentos. A flexibilidade é uma capacidade física fundamental e que deve ser trabalhada sempre, seja para o alto nível esportivo, seja para melhorar a qualidade de vida, porém, este trabalho não pode interferir negativamente na melhora de outras capacidades físicas como a força e a potência, podendo, até, não ser efetivo na melhoria da própria flexibilidade, se mal planejado. Por esse motivo é imprescindível a prescrição e acompanhamento dos alongamentos por um profissional de Educação Física competente e atualizado sobre o assunto.

Leia também:

Referências

·          BUROKER KC, SCHWANE JÁ. Does post-exercise static stretching alleviate delayed muscle soreness? The Physician and Sportsmedicine. Vol.17 n°6 pp:65-83, 1989
·          HIGH DM, HOWLEY ET. The effect of statics stretching and warm-up on prevention of delayed-onset muscle soreness. Research Quartely for Exercise and Sport. Vol.60 pp:357-361, 1989
·          KOKKONEN J; NELSON AG; CORNWELL A. Acute muscle stretching inhibits maximal strength performance. Research Quarterly for Exercise and Sport. Vol.69 n°4 pp:411-415, 1998.
·          YOUNG WB, BEHM DG. Should Static Stretching Be Used During a Warm-Up for Strength and Power Activities? National Strength & Conditioning Association. Vol.24 N°6 pp:33–37, 2002
·          THACKER. S. B.. J. GILCHRIST, D. F. STROUP. and C. D. KIMSEY, JR. The Impact of Stretching on Sports Injury Risk: A Systematic Review of the Literature. Med. Sci. Sports Exerc., Vol. 36, No. 3. pp. 371-378, 2004.
·          HERBERT RD, GABRIEL M. Effects of stretching before and after exercising on muscle soreness and risk of injury: systematic review. BMJ2002;325:468
·          AVELA, JANNE, HEIKKI Kyro¨ la¨ inen, and PAAVO V. Komi. Altered reflex sensitivity after repeated and prolonged passive muscle stretching.J. Appl. Physiol. 86(4): 1283–1291, 1999.


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Atividade Física e alimentação .



Alimenta-se bem deveria fazer parte da nossa rotina diária, mas deixamos muito a desejar ao nosso organismo. Horários impróprios com alimentação desregulares. O Horário de almoço muitas das vezes vira horário daquele lanche  com guloseimas (coxinhas, empadas, pasteis,hamburguês entre outros..). O café da manhã que deveria ser com aquele capricho por ser a primeira refeição do dia acaba ficando para trás. Muitas das vezes tiramos refeições do nosso dia para obter a perda de peso. E aina aumentamos o ritmo de atividade física. E não fazemos nenhum acompanhamento com educador físico e nutricionista. Engana-se que acha que isso resolvera o problema com o peso.
           A atividade física e a alimentação saudável é a combinação perfeita para bons resultados, tanto no âmbito estético quanto na melhora da qualidade de vida de um indivíduo. Quando nos alimentamos bem, temos todos os nutrientes necessários para um bom metabolismo orgânico (funcionamento do corpo) e estamos assim nos prevenindo de doenças oportunistas, doenças adquiridas de maus hábitos de vida alimentar. Mas ainda falta um algo a mais que é justamente a atividade física. É mais ou menos como uma obra com material de construção e sem pedreiros.
           Não é atividade física excessiva ou a diminuição da alimentação que ira fazer com que sua vida mude. Perder peso lenta e progressivamente é mais saudável do que fazer regimes "loucos". A reeducação alimentar é a garantia de não voltar a engordar e ter qualidade de vida. 
           É muito importante não iniciar um exercício em jejum, pois a energia que o seu corpo irá utilizar será a que provém dos carboidratos e na ausência desta, este processo natural não ocorrerá obrigando desta forma o corpo a utilizar outra fonte alternativa, as proteínas, por exemplo, o que irá comprometer a função delas. Deve-se durante o dia realizar no mínimo cinco refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar, todos eles intercalados por pequenos lanches). Procure sempre conciliá-las para que elas possam ocorrer antes e depois do exercício. A ausência do alimento, poderá provocar fraqueza e indisposição prejudicando assim o desempenho do indivíduo e suas funções orgânicas.
Alimentação balanceada
A prática de exercícios físicos isoladamente não garante uma boa qualidade de vida. É preciso manter também uma boa alimentação. Ela deve ser rica em carboidratos, onde o glicogênio, que é a principal forma de armazenamento, será a fonte de energia utilizada durante o exercício do corpo. As fibras e os cereais integrais (aveia, pão integral, granola, arroz integral entre outros) devem ser priorizados; como também as frutas, verduras e legumes devem estar diariamente nas refeições.
Quanto às proteínas, elas devem ser consumidas em menor quantidade quando comparada aos carboidratos. Ela será a fonte de aminoácidos para o corpo. Leite e derivados, carnes e ovos supre facilmente as recomendações de proteínas, que seria 10-15% do valor energético total, considerando uma dieta de 2000kcal. O excesso de proteínas pode sobrecarregar os rins devido às altas taxas de filtração de compostos nitrogenados.
As gorduras devem compor a dieta em mínimas quantidades, mas não devem ser excluídas totalmente da alimentação. Elas servirão de transporte para as vitaminas lipossolúveis e também como reserva energética.

Karina Alves.
Twitter; @karinaedfisica
Facebook;  http://www.facebook.com/kahedfisica
Referencias;
http://www.nutricaoemfoco.com/2009/02/23/alimentacao-na-atividade-fisica/
http://cipa.inatel.br/cipa/informativos/lesoes-por-esforcos-repetitivos.html

domingo, 16 de outubro de 2011

Treinamento Isométrico

     O Treinamento isométrico, ou estático, refere-se a ação muscular durante a qual não ocorre nenhuma alteração no comprimento total do músculo. Isso significa que nenhum movimento visível acontece na articulação. O treinamento isométrico é realizado de forma mais comum contra um objeto imóvel como uma parede ou equipamento com carga maior do que a força máxima excêntrica do indivíduo. Os exercícios isométricos também podem ser realizados quando há grupos musculares fracos em relação a grupos musculares fortes. Portanto, o custo dos exercícios isométricos pode variar de mínimo, quando se utiliza um objeto comum como a parede, a bastante extensivo, quando se utiliza um aparelho com sobrecarga.

   As ações isométricas de longa duração resultam em aumento significativo na força isométrica após 2 semanas de treinamento, enquanto 8 semanas de treinamento foram necessárias antes que um aumento significativo na força fosse obtido com ações isométricas de curta duração. As concentrações de diversos metabólitos intramusculares e a acidez foram maiores, mas não tão significativas, imediatamente após o treinamento com ações isométricas de longa duração comparadas com as de curta duração, o que indica que esses fatores podem ter influenciado os ganhos de força. Durante as ações isométricas, a oclusão do fluxo sanguíneo ocorre e pode ser responsável, em parte, pelas concentrações aumentadas dos metabólitos e pela acidez devido à longa duração das ações isométricas. O treinamento com oclusão vascular resultou em concentração de lactato significativamente maior se comparado com treinamento sem oclusão.




CONSIDERAÇÕES SOBRE O TREINAMENTO ISOMÉTRICO

- Nenhum movimento visível na articulação
- Mais utilizados quando há grupos musculares fracos
- Maior acúmulo de lactato
- 3x na semana aumenta significativamente o aumento da força
- Aumento na ação muscular voluntária máxima isométrica ao longo de 6 à 16 semanas
- Ideal: treinamento diário
- Ações isométricas de longa duração resultaram em um aumento significativo na área da secção transversa (10% - 11%) enquanto as de curta duração resultaram em aumento não significativo (4% - 7%)
- Isometria provoca: aumento da hipertrofia, aumento das adaptações neurais, aumento da força
- O ganho ocorre no ângulo em que se treina.




Importante: Em todos os treinamentos de força, a manobra de valsalva pode resultar de uma resposta de pressão arterial exagerada durante o treinamento. Portanto esse tipo de manobra deve ser desencorajado durante o treinamento isométrico.


Escrito por: Márgiore Albino

Referência: Fleck S.J.(2006) - Fundamentos do Treinamento de Força Muscular - Porto Alegre: ARTMED editora S.A

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A grande evolução.

A natação é conhecida desde tempos pré-históricos, o registro mais antigo sobre a natação
remonta às pinturas rupestres de cerca de 7.000 anos atrás. As referências escritas remontam
a 2000 a. C. Algumas das primeiras referências estão incluídas em obras históricas como a
Epopéia de Gilgamesh, a Ilíada, a Odisseia, a Bíblia (Ezequiel 47:5, Atos 27:42, Isaías 25:11),
Beowulf, e outras sagas. Em 1538, Nikolaus Wynmann, um professor alemão de linguística,
escreveu o primeiro livro sobre natação,  “O Nadador ou o diálogo sobre a arte de Nadar”” (Der
Schwimmer oder ein Zwiegespräch über die Schwimmkunst).
A natação de competição na Europa começou por volta do ano de 1800, na sua maioria
utilizando o estilo bruços. Em 1873 John Arthur Trudgen, apresentou o estilo Trudgen, após ter
copiado o estilo Crawl usado pelos Índios Nativos Norte-americanos, criando uma ligeira
variante do mesmo. Devido ao repúdio dos britânicos pelos salpicos, Trudgen empregou a
pernada de bruços no lugar do batimento de pernas convencional do crawl. A natação fez parte
dos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna em 1896, em Atenas. Em 1902 Richard Cavill
introduziu o crawl e em 1908, foi fundada a FINA (Federação Internacional de Natação). O
estilo mariposa foi desenvolvida na década de 1930, que no início surgiu como uma variante do
estilo de bruços, até que foi aceite como um estilo distinto, em 1952.
A civilização clássica grega, aponta a presença de associação  de provas de natação nos Jogos Istmicos, disputados em homenagem a Poseidon.  Com o renascimento a natação retomou seu prestígio e consta que Guths Muths organizou as primeiras competições de natação no mundo moderno.
Na Inglaterra se tem notícia da existência de associações desportivas praticando natação como esporte competitivo desde de 1839, sendo certo que apenas em 1869 surgiu a Associação de Natação Amadora.
Quando se realizou a primeira olimpíada da era moderna, a natação fez parte do rol dos desportos olímpicos selecionados pelo Barão de Coubertim, e, finalmente, em 1908, foi fundada a FINA (Federação Internacional de Natation Amateur). As primeiras competições consistia, apenas no nado de peito clássico.
Os australianos acompanharam a evolução do nado de peito e sua transformação gradativa com os movimentos dos braços fora da água alternandamente (braçadas) e a fusão destas inovações com movimento alternados das pernas no estilo usado pelos nativos de Ceilão. Estas inovações foram observadas pelos americanos nos jogos olímpicos extraordinários de Atenas, em 1906, os quais posteriormente aperfeiçoaram o estilo que veio a ser denominado “craw”. O craw americano somente veio a ser superado pelos japoneses que, nos X jogos olímpicos de Los Angeles apresentaram inovações com o craw japonês e sua braçada dupla. Outros avanços surgiram como a braçada alongada e a respiração bilateral, nos jogos de Berlim.
O nado de peito, a borboleta e o golfinho têm um vínculo histórico comum. O nado de peito somente foi regulamentado como tal após o estilo “craw” tê-lo substituído nas provas de nado livre. Posteriormente foi introduzido o estilo borboleta que, finalmente, evoluiu para o golfinho. Com o surgimento do “craw” o antigo estilo (peito) perdeu sua posição, por ser mais lento. Entretanto, havia interesse em manter o estilo clássico e por isso, foram regulamentadas as provas exclusivas para aquele estilo. Quando surgiu  abraçada da borboleta, novamente decaiu o uso do estilo clássico e, isto, da mesma forma que ocorrera anteriormente, fez com que a FINA, por meio de regulamentação especifíca, separasse os dois estilos. Aperfeiçoou-se o estilo de batidas de pernas e ao invés de tesoura surgiu o movimento ondulante do golfinho, razão da denominação do novo estilo.
          O nado de costas, inicialmente, tinha por finalidade proporcionar meios de fácil flutuação para descansar o nanador. Somente nos jogos olímpicos de Paris, em 1900, é que surgiu este estilo como forma de competição. Inicialmente os braços eram levados simultaneamente para dentro da água e as pernas movimentam-se de forma semelhante à tesoura a frente. Daí, evoluiu para uma borboleta invertida e,  com o surgimento do estilo novo de frente, seus empréstimos técnicos chegaram ao nado de costas, que passou a ser usar os mesmos movimentos de pernas, alternados para baixo e para cima, com os braços também alternados, de trás para frente, em tração de dentro da água e em recuperação foras dela.